Resultados da busca por: Cantora

Zé da Zilda (José Gonçalves), compositor e cantor nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 6/1/1908 e faleceu em 10/10/1954. Filho de músico, nascido no subúrbio de Campo Grande, aos cinco anos começou a se interessar pelo cavaquinho, aprendendo os rudimentos de música com o pai.

Roberto Burle Marx (São Paulo, 4 de agosto de 1909 – Rio de Janeiro, 4 de junho de 1994) foi um artista plástico brasileiro, renomado internacionalmente ao exercer a profissão de arquiteto-paisagista.

Luís Carlos D'Ugo Miele (São Paulo, 31 de maio de 1938 – Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2015) foi produtor, ator, escritor, apresentador e diretor brasileiro de televisão, teatro, cinema e shows.

Filho da cantora e instrumentista Irma Miele, cujo nome artístico era Regina Macedo. Aos 12 anos de idade, começou a trabalhar como rádio-ator numa emissora de rádio em São Vicente (São Paulo), no programa Meu filho, meu orgulho, de Mário Donato. Mais tarde, protagonizou outros programas infantis na Rádio Tupi, ao lado de Régis Cardoso, Érlon Chaves e Walter Avancini.

Iniciou a carreira profissional como locutor das rádios Excelsior, Tupi e Nacional. Em 1959 mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro, onde conheceu o compositor Ronaldo Bôscoli, com quem formou a dupla Miele & Bôscoli, responsável pela direção e produção de diversos espetáculos, além de programas musicais em emissoras de televisão. Em 1976, após a morte do humorista Manuel de Nóbrega, passou a apresentar A Praça da Alegria na Rede Globo, saindo do ar em 1979. O programa contou com a participação de Ronald Golias.

Maria José "Zezé" de Macedo (Silva Jardim, 6 de maio de 1916 — Rio de Janeiro, 8 de outubro de 1999) foi uma comediante e atriz brasileira de rádio, cinema e televisão. É a recordista feminina no Brasil em participações de cinema, tendo feito 108 filmes. Seu tipo físico, magra e baixa, sempre lhe garantiu papéis cômicos, apesar de ter sempre afirmado que também gostaria de representar papéis dramáticos em novelas. Oscarito dizia que ela era a maior comediante do cinema brasileiro. Grande Otelo chamava-a de Carlitos de saia; e Ivan Cardoso, de primeira-dama do cinema brasileiro. Na época das chanchadas, também ficou conhecida como a empregadinha do Brasil, numa referência aos inúmeros papéis de empregada doméstica que interpretou ao longo de sua carreira.

Também se destacou como poetisa, tendo publicado quatro livros de poemas seus.

Juventude e início de carreira

Nasceu no município fluminense de Capivari, hoje chamado Silva Jardim. Seu padrasto, Columbano Santos, tabelião e prefeito da cidade, era partidário dos atores.

Estreou no teatro aos quatro anos de idade, interpretando a protagonista na peça As Pastorinhas. Na época, como não sabia ler, decorava os textos ao ouvi-los lidos por seu padrasto, o qual lhe encorajava bastante. Também desde cedo manifestou inclinação pela poesia.

Aos quinze anos de idade, casou-se com o mecânico e eletricista Alcides Manhães, desistindo de ser atriz e mudando-se para Niterói. Com ele teve seu único filho, Hércules, morto com apenas um ano de idade ao cair do colo da avó paterna e fraturar o crânio. O casal separou-se pouco depois. Zezé passou a trabalhar como escriturária e funcionária pública, antes de voltar a ser atriz.

Através das amizades de seu padrasto, começou a ler poemas seus no Grande Jornal Fluminense, transmitido aos domingos pela Rádio Tamoio. O diretor artístico da emissora, Paulo de Grammont, gostou de suas declamações e contratou-a, sem salário, para o setor de radioteatro. No entanto, como não havia vagas, tornou-se secretária de Dias Gomes e Rodolfo Mayer, permanecendo três anos nesta função. Aos poucos, porém, foi começando a fazer pontas nos programas de rádio, substituindo atrizes, lendo poemas, e, por conta disso, publicou seu primeiro livro de poesias, Coração Profano, em 1954, um grande êxito de vendas. Publicou ainda mais três livros de poesia.

Por essa época, participou do programa Lar, Doce Lar substituindo a atriz que fazia a empregada doméstica, agradando bastante o público, e, logo no dia seguinte, foi convidada por Paulo Porto e Olavo de Barros a se transferir para a Rádio Tupi (tanto a Rádio Tamoio quanto a Tupi faziam parte da rede de Assis Chateaubriand), o que lhe possibilitou o ingresso para a televisão.

Cinema

Foi através da televisão que Watson Macedo a conheceu e convidou-a para estrelar em O Petróleo É Nosso (1954). A partir de então, Zezé tornou-se presença marcante no cinema, atuando primeiramente para diversas produtoras como a Watson Macedo Produções Cinematográficas, Cinelândia Filmes, Cinedistri, Brasil Vita Filmes, Flama Filmes, UCB, celebrizando-se como comediante. Dentre os vários filmes de que participou nessa época, merecem destaque De Vento em Popa (1957), de Carlos Manga, no qual interpreta uma cantora de ópera, fugindo da imagem estereotipada de empregada doméstica; O Homem do Sputnik (1959), considerado pelos cinéfilos como um das melhores chanchadas1 ; e Esse Milhão É Meu (1959). Nesses três filmes, atuou ao lado de Oscarito, o qual exigiu sua presença neles.

Com o declínio da chanchada no começo da década de 1960, Zezé passou a se dedicar mais ao teatro e à televisão, mas sem se afastar do cinema. A partir de 1965, tornou-se contratada da Rede Globo de Televisão, onde atuaria até o fim de sua vida. No cinema, estrelou, dentre outros, Lana - Königin der Amazonen (1964), filme alemão feito no Brasil em parceria com a Atlântida, e Macunaíma (1968).

Na década de 1970, sua carreira no cinema foi impulsionada com o surgimento da pornochanchada. Chegava a fazer três filmes por ano. Enquanto isso, na televisão, dava início à parceria com Chico Anisio, que lhe rendeu seus dois personagens mais emblemáticos: Biscoito e Dona Bela. A primeira era a esposa feia, porém rica, do bêbado Tavares e a segunda era uma aluna da Escolinha do Professor Raimundo que, acreditando ser pornografia tudo que o mestre lhe perguntava, jogava-se ao chão histérica e acusava-o: Só pensa naquilo!. Outra participação marcante dessa época na televisão foi no Sítio do Picapau Amarelo, no qual interpretou a Dona Carochinha.

Últimos anos

Nos anos seguintes, passou a diminuir seu ritmo de trabalho, dedicando-se cada vez mais à televisão. Em 1983, estrelou como a protagonista em Eteia, a Extraterrestre em Sua Aventura no Rio, de Roberto Mauro, uma sátira ao E.T., de Steven Spielberg. Três anos depois, ganhou um prêmio especial do júri no Festival de Gramado por sua atuação em As Sete Vampiras, de Ivan Cardoso. Seu último filme longa-metragem foi O Escorpião Escarlate, de Ivan Cardoso, em 1990, mais uma vez interpretando uma secretária do lar. Todavia, voltou às telas de cinema quatro anos depois, no curta-metragem Jaguardarte, de André Klotzel, no qual aparece declamando versos de Lewis Carroll.

Dedicou seus últimos anos a programas humorísticos na televisão, tendo atuado até pouco antes de falecer.

Vida particular

Macedo voltou a se casar novamente, em 1961, com o ator e cantor Victor Zambito, dez anos mais novo, o qual conheceu enquanto atuava no Teatro Recreio. Válter Pinto e Virgínia Lane foram seus padrinhos. Os dois não tiveram filhos e permaneceram juntos por 38 anos, até o falecimento de Zezé.

Morte

Em 26 de agosto de 1999, Zezé sofreu um derrame cerebral e foi internada na Clínica Bambina, no bairro carioca do Botafogo. De acordo com os médicos, ela tinha um aneurisma cerebral que havia se rompido. Ela iria ser operada, mas devido ao seu estado fragilizado, os médicos optaram lhe fazerem uma drenagem de coágulo. Depois de 46 dias de internação, a atriz veio a falecer às 2h55min de 9 de outubro, aos 83 anos. Seu corpo foi cremado no Cemitério do Caju.

Prêmios

Festival de Gramado

1996: Prêmio Especial do Júri, Kikito de Ouro, por sua atuação em As Sete Vampiras.

 

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Zez%C3%A9_Macedo

José Barbosa da Silva, mais conhecido como Sinhô (Rio de Janeiro, 8 de setembro de 1888 — Rio de Janeiro, 4 de agosto de 1930), foi um compositor brasileiro.

Considerado um dos mais talentosos compositores de samba, para muitos o maior da primeira fase do samba carioca.

Filho de um pintor, admirador dos grandes chorões da época, foi estimulado pela família a estudar flauta, piano e violão.

Casou-se cedo, aos 17 anos, com a portuguesa Henriqueta Ferreira, tendo que labutar para sustentar os três filhos. Por volta de 1911, tornou-se pianista profissional, animando os bailes de agremiações dançantes, como o "Dragão Club Universal" e o "Grupo Dançante Carnavalesco Tome a Bença da Vovó". Não perdia nenhuma roda de samba na casa da baiana Tia Ciata, onde encontrava os também sambistas Germano Lopes da Silva, João da Mata, Hilário Jovino Ferreira e Donga.

Ficou surpreso quando Donga, em 1917, registrou como sendo dele (em parceria com Mauro de Almeida) o samba carnavalesco Pelo Telefone, que na casa da Tia Ciata todos cantavam com o nome de O Roceiro. A canção, que até hoje é motivo de discussões, gerou uma das maiores polêmicas da história da música brasileira, com vários compositores, entre eles Sinhô, reivindicando sua autoria. Para alimentar a polêmica, compôs, em 1918, Quem São Eles, numa clara provocação aos parceiros de Pelo Telefone. Acabou levando o troco. Exclusivamente para ele, foram compostas Fica Calmo que Aparece, de Donga, Não és tão falado assim, de Hilário Jovino Ferreira, e Já Te Digo, de Pixinguinha e seu irmão China, que traçaram-lhe um perfil nada elegante: (“Ele é alto e feio/ e desdentado/ ele fala do mundo inteiro/ e já está avacalhado...”). Pagou a ambos com a marchinha O Pé de Anjo, primeira composição gravada com a denominação marcha.

O gosto pela sátira lhe trouxe alguns problemas mais sérios, quando compôs “Fala Baixo”, em 1921, um brincadeira com o presidente Artur Bernardes. Teve de fugir para casa de sua mãe para não ser preso. Cultivou a fama de farrista, promovendo grandes festas em bordéis, o que não o impediu de ganhar o nobre título de “O Rei do Samba” durante a "Noite Luso-Brasileira", realizada no Teatro República, em 1927.

Durante 1928, ministrou aulas de violão a Mário Reis, que se tornaria o seu intérprete preferido e que lançaria dois dos seus maiores sucessos: Jura e Gosto Que Me Enrosco. Compôs o último samba, O Homem da Injeção, em julho de 1930, um mês antes de sua morte, no entanto a letra e a melodia deste samba desapareceram misteriosamente, não chegando ao conhecimento do público.

Morreu em decorrência da tuberculose, a bordo da barca "Terceira", durante uma viagem entre o Centro do Rio e a Ilha do Governador, onde morava. Seu velório e funeral foram descritos com tintas literárias por Manuel Bandeira. Foi sepultado no Cemitério do Caju

Curiosidades

Seções de curiosidades são desencorajadas pelas políticas da Wikipédia.

Ajude a melhorar este artigo, integrando ao corpo do texto os itens relevantes e removendo os supérfluos ou impróprios (desde Abril de 2014).

Em 1952, sob a direção de Lulu de Barros, a atriz Cármen Santos produziu o filme O Rei do Samba sobre a trajetória de vida de Sinhô.

Em 5 de dezembro de 2010, foi ao ar, pela TV Brasil, o programa De Lá Pra Cá, com apresentação Ancelmo Gois e Vera Barroso, onde se focou a história de Sinhô que, neste ano, completava 80 anos de falecimento. O programa, que teve a participação dos cantores Zeca Pagodinho, Teresa Cristina, Marcos Sacramento, Clara Sandroni e Luiz Henrique, contou também com a entrevista do pesquisador André Gardel.

Em 2011, para comemorar os 100 anos do surgimento de Sinhô para o cenário artístico como músico, em 1911, e 80 anos de saudade do grande mestre, o cantor Luiz Henrique, o showman Bob Lester e a cantora de rádio Marion Duarte homenageiam Sinhô com o show Tributo ao Rei do Samba Sinhô, que foi apresentado em points da cidade do Rio de Janeiro como o Salão Vip do Amarelinho da Cinelândia, o Teatro do SESC de Madureira e a Gafieira Estudantina da praça Tiradentes. No espetáculo, os cantores interpretaram grandes sucessos do Rei do Samba, como Jura, Gosto Que Me Enrosco, O Pé de Anjo, Sabiá, Sonho de Gaúcho, entre outros. O show também foi ilustrado com canções de compositores contemporâneos de Sinhô, como Pixinguinha e Noel Rosa.

 

 

 

 

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinh%C3%B4 

João Álvaro de Jesus Quental Ferreira , mais conhecido como Procópio Ferreira (Rio de Janeiro, 8 de julho de 1898 — Rio de Janeiro, 18 de junho de 1979), foi um ator, diretor de teatro e dramaturgo brasileiro. É considerado um dos grandes nomes do teatro brasileiro.

Procópio descobriu cedo o talento de envolver a platéia, arrastando aos seus espetáculos contingentes de público de fazer inveja aos maiores sucessos de hoje. Em 62 anos de carreira, Procópio interpretou mais de 500 personagens em 427 peças.

Era filho de Francisco Firmino Ferreira e de Maria de Jesus Quental Ferreira, ambos portugueses naturais da ilha da Madeira, em Portugal.

Ingressou na Escola Dramática do Rio de Janeiro a 22 de março de 1917. Representou mais de 450 peças, de todos os gêneros, desde o teatro de revista até a tragédia grega. Em toda a Historia do Teatro Nacional foi o ator que maior número de peças nacionais interpretou e, que maior número de autores lançou.

Procópio Ferreira atuava no circo-teatro, gênero que, se não foi criado no Brasil, aqui teve pleno desenvolvimento. Tratava-se de um circo que, além de números de acrobacias, malabarismo e palhaçadas, apresentava a adaptação de peças de teatro. Do circo-teatro passou às comédias. Procópio Ferreira dizia que o sucesso chegou quando ele parou de pensar com a sua própria cabeça para pensar com a cabeça do público.

Sua primeira peça foi Amigo, Mulher e Marido, fazendo o papel de um criado, em 1917, no Teatro Carlos Gomes. Seu maior sucesso no teatro foi o espetáculo Deus lhe Pague, de Joracy Camargo, com o qual viajou o país inteiro e foi para o exterior. Participou de mais de quatrocentas peças e teve uma carreira de mais de 60 anos.

Lançou o teatro de frases, com tiradas e expressões cortantes para substituir a tradicional comédia de costumes. No cinema, começou com a produção portuguesa "O Trevo de Quatro Folhas" (1936). No Brasil, atuou em "Quem Matou Ana Bela" (1956) e no sucesso de crítica e público "O Comprador de Fazendas" (1951), baseado no conto de Monteiro Lobato.

Um homem que vivia intensas paixões, foi pai de 6 filhos. De seu primeiro casamento com a artista Argentina Aida Izquierdo nasceu uma das mais importantes atrizes e diretoras brasileiras, Bibi Ferreira. casou também com a grande atriz Norma Geraldy e com a atriz Hamilta Rodrigues. do casamento com Hamilta Rodrigues nasceram Maria Maria, João Procópio Filho e Francisco de Assis Procópio Ferreira. De seu relacionamento com a atriz Lígia Monteiro nasceu a Diretora e jornalista Lígia Ferreira. Do romance com a musicista Celecina Nunez nasceu a cantora Mara Sílvia (nome artístico de Mariazinha, como era chamada pelo pai). Um grande Homem, pai e avo (Tina Ferreira filha de Bibi, João Procópio Neto filho de Mariazinha, Bianca filha de Lígia Ferreira, Alice Ferreira filha de Maria Maria e Alessandra Ferreira filha de João Procópio Filho).

Faleceu aos 81 anos incompletos, às 17 horas do dia 18 de junho de 1979, no Hospital de Clínicas Quarto Centenário, Rio de Janeiro, onde estava internado havia 21 dias, de parada cardíaca causada por pneumonia. Seu corpo foi velado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, na mesma cidade. O então prefeito Israel Klabin declarou um dia de luto.

 

 

Emília Savana da Silva Borba, conhecida como Emilinha Borba, (Rio de Janeiro, 31 de agosto de 1923 — Rio de Janeiro, 3 de outubro de 2005) foi uma das mais populares cantoras brasileiras.

Emília Savana da Silva Borba, nasceu no Bairro da Mangueira, na cidade do Rio de Janeiro em 31 de agosto de 1923. Era filha de Eugênio Jordão da Silva Borba e Edith da Silva Borba.

Ainda menina e contrariando um pouco a vontade de sua mãe, apresentava-se em diversos programas de auditório e de calouros. Ganhou seu primeiro prêmio, aos 14 anos, na "Hora Juvenil", da Rádio Cruzeiro do Sul. Cantou também no programa "Calouros de Ary Barroso", obtendo a nota máxima ao interpretar "O X do Problema", de Noel Rosa. Logo depois, começou a fazer parte dos coros das gravações da Columbia.

Formou, na mesma época, uma dupla com Bidú Reis, chamada As Moreninhas. A Dupla se apresentou em várias rádios, durante cerca de um ano e meio. Logo depois, a dupla gravou para a "Discoteca Infantil" um disco em 78 RPM com a música "A História da Baratinha", numa adaptação de João de Barro. Desfeita a dupla, Emilinha passou a cantar sozinha e foi logo contratada pela Rádio Mayrink Veiga, recebendo de César Ladeira o slogan "Garota Grau Dez".

Em 1939 foi convidada por João de Barro para participar da gravação da marcha Pirulito cantada por Nilton Paz, sendo que no disco seu nome não foi creditado, apenas o do cantor.

Em março do mesmo ano grava, pela Columbia e com o nome de Emília Borba, seu primeiro disco solo em 78 RPM, com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu conjunto, com o o samba-choro Faça o mesmo, de Antônio Nássara e Eratóstenes Frazão e o samba Ninguém escapa de Eratóstenes Frazão.

Ainda em 1939, foi levada por sua madrinha artística, Carmen Miranda, de quem sua mãe era camareira, para fazer um teste no Cassino da Urca. Por ser menor de idade e na ânsia de conseguir o emprego, alterou sua idade para alguns anos a mais. Além disso, Carmen Miranda emprestou-lhe um vestido e sapatos plataforma. Aprovada pelo empresário Joaquim Rolla proprietário do Cassino da Urca, foi contratada e passou a se apresentar como "crooner", tornando-se logo em seguida uma das principais atrações daquela casa de espetáculos.

Em 1939 atuou no filme "Banana da Terra", de Alberto Bynton e Rui Costa. Esse filme contava com um grande elenco: Carmen Miranda, Aurora Miranda, Dircinha Batista, Linda Batista, Almirante, Aloísio de Oliveira, Bando da Lua, Carlos Galhardo, Castro Barbosa, Oscarito e Virgínia Lane, a "Vedete do Brasil".

Em 1940, gravou com acompanhamento de Radamés Gnattali e sua orquestra os sambas "O Cachorro da Lourinha" e "Meu Mulato Vai ao Morro", da dupla Gomes Filho e Juraci Araújo. Nesse ano, apareceu nos filmes "Laranja da China", de Rui Costa e "Vamos cantar, de Leo Marten.

No ano seguinte, assinou contrato com a Odeon, gravadora onde sua irmã, a cantora Nena Robledo, casada com o compositor Peterpan já era contratada. Já com o nome de Emilinha Borba, lançou os sambas "Quem Parte leva Saudades", de Francisco Scarambone, e "Levanta José", de Haroldo Lobo e Valdemar de Abreu. Gravou ainda um segundo disco na Odeon com o samba "O Fim da Festa", de Nelson Teixeira e Nelson Trigueiro, e a marcha "Eu Tenho Um Cachorrinho", de Georges Moran e Osvaldo Santiago.

Em 1942 foi contratada pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, desligando-se meses depois. Em Setembro de 1943 retornou ao "cast" daquela Emissora, firmando-se a partir de então, e durante os 27 anos que lá permaneceu contratada, como a "Estrela Maior" da emissora PRE-8, a líder de audiência.

Enquanto naquela emissora, Emilinha atingiu o ápice de sua carreira artística, tornando-se a cantora mais querida e popular do país. Teve participação efetiva em todos os seus programas musicais, bem como, foi a "campeã absoluta em correspondência" por 19 anos consecutivos (até quando durou a pesquisa naquela emissora) de 1946 à 1964.

Briga com Linda Batista

Em 1942, o Cineasta norteamericano Orson Welles estava filmando no Brasil, o documentário inacabado "It's All True" (Tudo é Verdade). Nesta época, Linda Batista era a cantora mais popular do Brasil e a estrela absoluta do Cassino da Urca, de onde Orson Welles não saía.

Enquanto permanecia no Rio de Janeiro em farras e bebedeiras, Welles, inicia um romance com Linda Batista. Até que coloca os olhos em Emilinha, já com postura de futura estrela. O cineasta não perdoa a pouca idade de Emilinha, nem o fato de ela namorar o cantor Nilton Paz. Começa a assediá-la, prometendo levá-la para Hollywood. Também enviava-lhe agrados e bilhetes em que se dizia o "Rei do Café".

Linda Batista, ao saber o que estava acontecendo, descarregava suas frustrações na mãe de Emilinha, camareira no Cassino da Urca, humilhando-a sempre que podia. Até que um dia, Linda cerca Emilinha nos bastidores, dá-lhe alguns tapas e rasga seu melhor vestido com o qual ela se apresentaria dali a pouco.

Orson Welles deixou Emilinha em paz, e voltou para os Estados Unidos. Mas, desde essa época, Linda e Emilinha, nunca mais se deram bem. Segundo Jorge Goulart, Linda Batista usava de todo o seu prestígio como estrela absoluta do Cassino da Urca para dificultar a ascensão de Emilinha Borba naquele espaço.

Rainha do Rádio

Em 1949, Emilinha já era a maior estrela da Rádio Nacional, mas as irmãs Linda Batista e Dircinha Batista eram também muito populares, e as vencedoras, por anos consecutivos, do concurso para Rainha do Rádio. Este torneio era coordenado pela Associação Brasileira de Rádio, sendo que os votos eram vendidos com a Revista do Rádio e a renda era destinada para a construção de um hospital para artistas. Neste ano Emilinha gravou a marcha "Chiquita Bacana" (Primeiro lugar nas paradas de sucesso) e passou a ser considerada a vencedora do concurso. Entretanto, Marlene, uma cantora novata apareceu e venceu o concurso de forma espetacular. Para tal, recebeu o apoio da Companhia Antarctica Paulista. A empresa de bebidas estava prestes a lançar no mercado um novo produto, o Guaraná Caçula, e, atenta à popularidade do concurso, pretendiam usar a imagem de Marlene, Rainha do Rádio, como base de propaganda de seu novo produto, dando-lhe, em troca, um cheque em branco, para que ela pudesse comprar quantos votos fossem necessários para sua vitória. Assim, Marlene foi eleita com 529.982 votos. Desse modo, originou-se a famosa rivalidade entre os fãs de Marlene e Emilinha, uma rivalidade que, de fato, devia muito ao marketing e que contribuiu expressivamente para a popularidade espantosa de ambas as cantoras pelo país. Só em 1953, Emilinha foi finalmente coroada como Rainha do Rádio, unicamente com o apoio popular. A quantidade de votos que lhe deu a vitória era maior que a das outras concorrentes somadas.

O Grande Sucesso

Os concursos populares, que servem como termômetro de popularidade do artista, sempre foram constantes, e, das pesquisas realizadas, na fase aurea do rádio, 99,9% deram vitória a Emilinha Borba, tornando-a a artista brasileira que possivelmente possui mais títulos, troféus, faixas e coroas.

Nas edições da "Revista do Rádio", "Radiolândia" e do jornal "A Noite", Emilinha se comunicava com seus fans, amigos e leitores desses orgãos da imprensa, através de colunas como Diário da Emilinha, Álbum da Emilinha, Emilinha Responde e Coluna da Emilinha.

O simples anúncio de sua presença em qualquer cidade ou lugarejo do país, era feriado local e Emilinha simbolicamente recebia as chaves da cidade e desfilava em carro aberto pelas principais ruas e avenidas sendo aplaudida, ovacionada e acarinhada pelos habitantes e autoridades da localidade.

Devido ao enorme sucesso após o seu terceiro espetáculo realizado no teatro Santa Rosa em João Pessoa (Paraíba) Emilinha teve que cantar em praça pública junto ao Cassino da Lagoa, para um incalculável público, só comparado aos dos comícios de Luiz Carlos Prestes ou Getúlio Vargas.

Emilinha foi a primeira artista brasileira a fazer uma longa excursão pelo país com patrocínio exclusivo. O laboratório Leite de Rosas até então investia em artístas internacionais (como a orquestra de Tommy Dorsey) e contratou e patrocinou Emilinha por três meses consecutivos em excursão pelo Norte e Nordeste.

Sua foto era obrigatória nas capas de todas as revistas e jornais do país. Na "Revista do Rádio" semana era ela, na seguinte outro artista e na posterior ela novamente. Até Agosto de 1995, Emilinha Borba foi a personalidade brasileira que maior número de vezes foi capa de revistas no Brasil, calcula-se aproximadamente umas 350 capas nas mais diversas revistas.

Últimos Anos

De 1968 a 1972, Emilinha esteve inativa por problemas de saúde. Teve edema nas cordas vocais e, após três cirurgias e longo estudo para reeducar a voz, voltou a cantar.

Em 2003, após 22 anos sem gravar um trabalho só seu, a Favorita da Marinha lançou o CD "Emilinha Pinta e Borba", com participações de diversos cantores como Cauby Peixoto, Marlene, Ney Matogrosso, Luís Airão, Emílio Santiago, entre outros, vendendo este de forma bem popular, na Cinelândia, em contato com o público, assim como Eliana Pittman e Agnaldo Timóteo e, também lançou no início de 2005, o CD "Na Banca da Folia", para o carnaval do mesmo ano, com a participação do cantor Luiz Henrique na primeira faixa - Carnaval Naval da Favorita e de MC Serginho na quinta faixa, Marcha-Funk da Eguinha Pocotó, conforme informa o site Cantoras do Brasil.

Emilinha continuou fazendo espetáculos pelo Brasil inteiro, tendo marcado presença, nos seus três últimos anos de vida, em vários estados brasileiros como Pernambuco, Ceará, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Bahia.

Sua arte, admirada e aplaudida por milhões, sempre foi em prol da cultura popular e, assim, carismática Emilinha Borba, cuja trajetória artística, pontilhada de sucessos, personifica-se como verdadeira e autêntica representante da Era de Ouro do Rádio Brasileiro.

Morte

Em fevereiro de 2004, Emilinha foi hospitalizada após cair da cama e fraturar o braço direito.

Em junho de 2005, ela esteve internada após cair de uma escada e sofrer traumatismo craniano e hemorragia intra-cerebral.

Morreu na tarde do dia 3 de outubro de 2005 de infarto fulminante, enquanto almoçava em seu apartamento no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, aos 82 anos.

Seu corpo foi velado durante toda a noite e pela manhã, por amigos, familiares e fãs, na Câmara dos Vereadores no Rio de Janeiro e sepultado no Cemitério do Caju.

 

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Emilinha_Borba

Elizeth Cardoso (Rio de Janeiro, 16 de julho de 1920 — 7 de maio de 1990) foi uma cantora brasileira. Conhecida como A Divina, Elizeth é considerada uma das maiores intérpretes da música brasileira e um das mais talentosas cantoras de todos os tempos, reverenciada pelo público e pela crítica. Morreu aos 69 anos de idade. 

Elizeth Moreira Cardoso nasceu na rua Ceará, no subúrbio de São Francisco Xavier, e cantava desde pequena pelos bairros da Zona Norte carioca, cobrando ingresso (10 tostões) das outras crianças para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. O pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar. 

Desde cedo precisou trabalhar e, entre 1930 e 1935, foi balconista, funcionária de uma fábrica de saponáceos e cabeleireira, até que o talento foi descoberto aos dezesseis anos, quando comemorava o aniversário. Foi então convidada para um teste na Rádio Guanabara, pelo chorão Jacob do Bandolim. Apesar da oposição inicial do pai, apresentou-se em 1936 no Programa Suburbano, ao lado de Vicente Celestino, Araci de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na semana seguinte foi contratada para um programa semanal na rádio. Casou-se no fim de 1939 com Ari Valdez, mas o casamento durou pouco. Trabalhou em boates como taxi-girl, atividade que exerceria por muito tempo. Em 1941, tornou-se crooner de orquestras, chegando a ser uma das atrações do Dancing Avenida, que deixou em 1945, quando se mudou para São Paulo para cantar no Salão Verde e para apresentar-se na Rádio Cruzeiro do Sul, no programa Pescando Humoristas. 

Além do choro, Elizeth consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção (surgido na década de 1930), ao lado de Maysa, Nora Ney, Dalva de Oliveira, Ângela Maria e Dolores Duran. O gênero, comparado ao bolero, pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo ou fossa. O samba canção antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de 1950, 1957). Mas este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo e da melancolia. Elizeth migrou do choro para o samba-canção e deste para a bossa nova gravando em 1958 o LP Canção do Amor Demais, considerado axial para a inauguração deste movimento, surgido em 1957. O antológico LP trazia ainda, também da autoria de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, Chega de Saudade, Luciana, As Praias Desertas e Outra Vez. A melodia ao fundo foi composta com a participação de um jovem baiano que tocava o violão de maneira original, inédita: o jovem João Gilberto. ANOS 1960 Em 1960, gravou jingle para a campanha vice-presidencial de João Goulart. Nos anos 1960 apresentou o programa de televisão Bossaudade (TV Record, Canal 7, São Paulo). Em 1968 apresentou-se num espetáculo que foi considerado o ápice da carreira, com Jacob do Bandolim, Época de Ouro e Zimbo Trio, no Teatro João Caetano, em benefício do Museu da Imagem e do Som (MIS) (Rio de Janeiro). Considerado um encontro histórico da música popular brasileira, no qual foram ovacionados pela platéia; long-plays (Lps) foram lançados em edição limitada pelo MIS. Em abril de 1965 conquistou o segundo lugar na estréia do I Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) interpretando Valsa do amor que não vem (Baden Powell e Vinícius de Moraes); o primeiro lugar foi da novata Elis Regina, com Arrastão. Serviu também de influência para vários cantores que viriam depois, sendo uma das principais a cantora Maysa.

 Teve vários apelidos como A Noiva do Samba-Canção, Lady do Samba, Machado de Assis da Seresta, Mulata Maior, A Magnífica (apelido dado por Mister Eco) e a Enluarada (por Hermínio Bello de Carvalho). Nenhum desses títulos, porém, se iguala ao que foi consagrado por Haroldo Costa –- A Divina -- que a marcou para o público e para o meio artístico. Elizeth Cardoso lançou mais de 40 LPs no Brasil e gravou vários outros em Portugal, Venezuela, Uruguai, Argentina e México. 

Elizeth Cardoso morreu aos 69 anos, vítima de câncer. 

 

Fonte:pt.wikipédia.org Copy and WIN : http://ow.ly/KNICZ Copy and WIN : http://ow.ly/KNICZ

 

 

Dona Zica, pseudônimo de Euzébia Silva do Nascimento (Rio de Janeiro,6 de fevereiro de 1913 -Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2003) foi sambista da velha guarda da Estação Primeira de Mangueira e foi a última mulher do sambista Cartola.

Grande símbolo do carnaval carioca, Dona Zica participou da novela Xica da Silva e sua biografia foi escrita pela escritora pernambucana Odacy de Brito Silva. Ficou mais conhecida ao se casar com o Mestre Cartola.

Dona Neuma, apelido de Neuma Gonçalves da Silva (8 de maio de 1922 - 17 de julho de 2000), foi uma personalidade do carnaval ligada à Estação Primeira de Mangueira.

Nascida no subúrbio de Madureira, no Rio de Janeiro, era filha de Saturnino Gonçalves, um dos fundadores do Bloco dos Arengueiros, criação que anos depois originou a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira.

Além de suas três filhas de sangue, ela criou e educou outros 18 filhos adotivos.

Faleceu no dia 17 de julho no Hospital Salgado Filho, vítima de acidente vascular cerebral, consequência de cirurgia para a retirada de um coágulo no cérebro.

 

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dona_Neuma

Pagina 1 de 3

Idiomas

ptenfrdeites

Busca