Retornou ao Brasil em 1917 e, mais tarde, passou a frequentar o curso de arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes, que ainda aplicava um programa neoclássico de ensino. Ele formou-se Arquiteto pela Escola em 1924. Apesar de praticar uma arquitetura neoclássica durante seus primeiros anos (defendendo em certos momentos uma arquitetura neocolonial), rompeu com essa formação historicista e passou a receber influências da obra do arquiteto franco-suíço Le Corbusier.
Iniciou parceria com o arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik, que construiu a primeira residência considerada moderna no Brasil.
Em 1930, nomeado ministro da Educação e Saúde o jurista Francisco Campos, chamou para seu chefe de gabinete Rodrigo Melo Franco de Andrade de grande influência entre os modernistas de São Paulo e Rio de Janeiro. Por indicação deste, nomeado para dirigir a Escola Nacional de Belas Artes, o jovem arquiteto Lúcio Costa, com a missão de renovar o ensino das artes plásticas e implantar um curso de arquitetura moderna.
Alterações introduzidas por Lúcio Costa mudaram a estrutura e o espírito do salão anual. Apareceram pela primeira vez na velha escola, ao lado dos antigos frequentadores, artistas ligados à corrente moderna, na sua maioria vindos da capital paulista. A trigésima oitava Exposição Geral (1931), foi por isso chamada de Salão revolucionário.
Entre os alunos da renovada escola de arquitetura estava o jovem Oscar Niemeyer.
Sabendo da importância de sua geração na mudança dos rumos culturais do país, Costa convenceu Le Corbusier a vir ao Brasil em 1936 para uma série de conferências (enquanto colaborava no projeto da sede do recém-criado Ministério da Educação e da Saúde Pública). A arquitetura moderna do projeto ia ao encontro dos objetivos da ditadura Vargas, ao passar ares de modernidade e progresso ao país. Costa, embora convidado a projetar o edifício sozinho, preferiu dividir o projeto com uma equipe que incluía o seu antigo aluno Oscar Niemeyer e os seus sócios Carlos Leão, Ernani Vasconcellos, Jorge Moreira e Affonso Eduardo Reidy.
Em 1939 foi co-autor do pavilhão brasileiro para a Feira Universal de Nova Iorque juntamente com Oscar Niemeyer e Paul Lester Wiener.
Em 1957, ao ser lançado o concurso para a nova capital do país, Costa enviou ideia para um anteprojeto, contrariando algumas normas do concurso. Apesar disso, venceu por quase unanimidade (apenas um jurado não votou nele), sofrendo diversas acusações dos concorrentes. Desenvolveu o Plano Piloto de Brasília e, como Niemeyer, passou a ser conhecido em todo o mundo como autor de grande parte dos prédios públicos.
O projeto de Lúcio Costa punha em prática os conceitos modernistas de cidade: o automóvel no topo da hierarquia viária, facilitando o deslocamento na cidade (apesar disso em seus projetos ele também criou a Estação Rodoferroviária de Brasília), os blocos de edifícios afastados, em pilotis sobre grandes áreas verdes. Brasília possui diretrizes que remetem aos projetos de Le Corbusier na década de 1920 e ainda ao seu projeto para a cidade de Chandigarh, pela escala monumental dos edifícios governamentais. A cidade de Lúcio Costa também possui conceitos semelhantes aos dos estudos de Hilberseimer.
Veja o relatório encaminhado por Lúcio Costa à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
Após Brasília, recebeu convites para coordenar vários planos urbanísticos, no Brasil e no exterior.
Foi colaborador e diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Faleceu na capital fluminense, onde residiu a maior parte da vida. Deixou duas filhas, Maria Elisa Costa, arquiteta, e Helena.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki