Marcos Almir Madeira

Sexto ocupante da Cadeira 19, eleito em 19 de agosto de 1993, na sucessão de Américo Jacobina Lacombe e recebido pelo Acadêmico Abgar Renault em 11 de novembro de 1993. Recebeu o Acadêmico Dom Lucas Moreira Neves. Marcos Almir Madeira nasceu na cidade de Niterói (RJ), em 21 de fevereiro de 1916 e faleceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 2003.

Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais (1939). Professor universitário, sociólogo e escritor, desenvolveu atividades no magistério e, em funções públicas, na área da educação e cultura. Magistério de nível universitário. 

Foi professor de Sociologia e Fundamentos da Educação na Faculdade Fluminense de Filosofia (a partir de 1950), de Direito Constitucional na Faculdade de Direito (a partir de 1952) e da Universidade Federal Fluminense, tornando-se (em 1956) catedrático interino de Teoria Geral do Estado; professor de Sociologia (a partir de 1952) e de Cultura Brasileira Contemporânea (a partir de 1953) na Fundação Getúlio Vargas; professor de Sociologia e Fundamentos Sociológicos (a partir de 1964) na Faculdade de Filosofia da antiga Universidade do  Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro; professor de Sociologia no Instituto de  Estudos Políticos e Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na Escola do Estado Maior do Exército (a partir de 1953), no Instituto Rio Branco, do Itamarati (1948-1950), na Escola do Estado Maior da Aeronáutica (1954-1966).

 

Atividades na área da educação e cultura

Em funções públicas, ligadas à difusão cultural, dirigiu a Divisão de Divulgação do Estado do Rio de Janeiro (1943-1946), realizando, sob a forma de inquéritos e estudos de vários tipos, pesquisa sobre aspectos da cultura fluminense. 

Nesse setor, dirigiu também atividades de teatro especializado infanto-juvenil, em cooperação com entidades escolares, e de teatro popular de amadores. A pintura e a escultura de artistas fluminenses receberam novo alento, a partir do Salão de Petrópolis (1943), quando se conjugaram, na mesma mostra, diferentes escolas, tendências e idades.  Ao deixar a chefia daquele departamento, estavam lançadas as bases para a elaboração de uma História da Literatura Fluminense. 

Exerceu, por duas, vezes, a presidência da Associação Brasileira de Educação, de cujo Conselho Diretor participa, como membro vitalício. Em 1948, participou da Comissão Brasileira, constituída por proposta da UNESCO, para conceituação de “Civismo no Plano Internacional”. Organizou e dirigiu o periódico Leitura de Todos, órgão da Comissão Brasileira da Unesco, e editado em cooperação com o Ministério da Educação e Cultura, para a campanha de Educação de Adultos, sob a direção técnica do Professor Lourenço Filho. 

Integrou, em 1952, a Comissão dos Educadores que empreendeu, na ABE, a pedido do Ministro da Educação, o reexame do Projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, coordenando sugestões que foram em essência acolhidas, notadamente as relativas à competência e organização do Conselho Nacional de Educação. 

Como delegado do Brasil participou, em 1953, do Congresso Interamericano de Sociologia, que o elegeu Presidente da Comissão de Ensino de Sociologia. Presidiu ao I Encontro de Educadores em Brasília (1962), na qualidade de Presidente da Associação Brasileira de Educação, que organizou o conclave. 

Em 1971, atendendo a convite oficial, visitou a França e a Alemanha, hospedado pelos respectivos Ministérios das Relações Exteriores, para realizar conferências e manter contatos com autoridades universitárias e do mundo cultural de ambos os países. Visitou também, como convidado oficial, o Japão e Israel. 

Dirigiu, no Estado do Rio de Janeiro, a Casa de Oliveira Vianna e o Arquivo Público, abrindo para a comunidade ambos os departamentos, em especial para grupos universitários, visando a pesquisas in loco. Presidente do PEN Clube do Brasil, a partir de 1978. Cumpriu dois mandatos como membro do Conselho Federal de Cultura. 

Em 1982, nomeado pelo Presidente da República, foi Delegado do Ministério da Educação e Cultura, no Estado do Rio de Janeiro, resumindo sua ação administrativa junto a estudantes, professores e empresários escolares num apelo: “Porta aberta e mãos estendidas. Por um MEC mais público”. 

Membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e seu orador; membro titular da Asociación Latino-Americana de Sociologia; membro da Academia Brasileira de Arte (Cadeira patronímica de João Ribeiro), onde sucedeu a Múcio Leão; membro da Academia Fluminense de Letras (Cadeira de Castro Menezes); membro do Conselho da Aliança Francesa do Brasil; sócio Honorário do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro; membro correspondente da Academia Portuguesa da História (Lisboa).

 

Condecorações

Medalha do Mérito Santos Dumont, do Governo da República;

Oficial da Legião de Honra (França);

Comendador da República Italiana, na Ordem do Mérito;

Grã-Cruz da Ordem de Andrés Bello (Venezuela);

Oficial da Ordem das Artes e Letras (França);

Oficial da Ordem Nacional (Senegal);

Comendador da Ordem do Sol (Peru);

Comendador da Ordem do Mérito (Portugal);

Comendador da Ordem do Sol Nascente (Japão);

Oficial da Ordem do Mérito (Espanha);

Grã-Insígnia da Ordem do Mérito, da Áustria;

Oficial da Ordem de Isabel, a Católica, da Espanha.

  

  

Fonte: http://www.academia.org.br/abl/

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