Filho de Heráclito Sousa Sales e Aurora de Azevedo Sales. Fez o curso primário em sua cidade natal, e o curso ginasial (abandonado no 5º ano) em Salvador, no colégio Antonio Vieira, dos jesuítas. O professor Agenor Almeida descobriu-lhe, numa prova, a vocação literária, chamando para isso a atenção do padre Cabral, que por sua vez foi o descobridor, alguns anos antes, no mesmo colégio, da vocação literária de Jorge Amado.
Abandonados os estudos, voltou para Andaraí, onde viveu até 1948. Com a publicação, em 1944, de Cascalho, seu romance de estreia, projetou de impacto o seu nome nos meios literários do país. No Rio de Janeiro, para onde então se transferiu e residiu até 1974, foi jornalista militante, com atividade nos “Diários Associados”, de Assis Chateaubriand, na área da revista O Cruzeiro da qual foi assistente de Redação, na melhor fase desse famoso órgão da imprensa brasileira.
Exerceu o cargo de diretor de outras unidades da mesma empresa, inclusive de sua editora de livros. Em 1974 mudou-se para Brasília, onde foi por dez anos diretor do Instituto Nacional do Livro, e, por um ano, assessor da Presidência da República, sob José Sarney. A partir de 1986, por quatro anos, residiu em Paris, servindo como adido cultural à Embaixada brasileira.
Regressando ao Brasil, fixou residência em São Pedro da Aldeia, onde levou vida isolada, de autoexílio, o que deu motivo a ser chamado, em artigo de Josué Montello, “O Solitário de São Pedro da Aldeia”. Foi casado com Maria Juraci Xavier Chamusca Sales e com ela teve três filhos: Heloísa, Heitor e Herberto.