Casou com Amália Murray Simões e Santos e teve duas filhas e um filho, o ministro Armando de Alencar, do Supremo Tribunal Federal do Brasil. Era filho do capitão do Exército Brasileiro Alexandrino de Alencar e de Ana Faria de Alencar. Era bisneto do general francês Pedro Labatut e sobrinho-bisneto de Bárbara Pereira de Alencar, participante da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do Equador. Formou-se emengenharia naval pela Escola Naval.
Em 1893, ainda capitão de fragata, participou como um dos comandantes da Revolta da Armada, uma revolta de oficiais contra a pouca atenção dada à Marinha pelo então Presidente da República, marechal Floriano Peixoto. A revolta foi liderada pelo ex-ministro da Marinha, o contra-almirante Custódio de Mello. Alexandrino de Alencar comandou o encouraçado Aquidabã na última batalha, próxima à ilha de Anhatorim nos arredores da cidade de Desterro, hoje Florianópolis. Ao fim da rebelião, em Abril de 1894, e por ter o ex-ministro se refugiado na Argentina, largando-o sozinho na batalha, viu-se derrotado por um cerco dos navios do marechal, incluindo o cruzador Andrada comandado pelo então capitão-tenente João Batista das Neves, e teve também de se refugiar fora do país, retornando mais tarde, anistiado, sendo em seguida promovido a almirante da Armada brasileira.
Por esta época, recomendou o menino negro João Cândido Felisberto, que convivia com ele, à escola de Aprendizes da Marinha. João Cândido seria em 1910 o líder inconteste da Revolta da Chibata.
Foi o reorganizador das forças navais brasileiras, quando à nova esquadra incorporam-se os mais poderosos navios da época, osencouraçados "São Paulo" e "Minas Gerais", os cruzadores "Rio Grande do Sul" e "Bahia" e dez contratorpedeiros. Foi o criador de vários institutos de ensino, como a Escola de Aviação Naval, em 1916.
Recebeu, também, a medalha do Mérito Militar e foi, no Império, cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Avis.
Foi sepultado com honras de chefe de Estado. O Centro de Instrução Almirante Alexandrino é o maior e mais diversificado Centro de Formação de Praças da Marinha do Brasil.
Fontes:
MARTINS, Hélio Leôncio. A Revolta dos Marinheiros - 1910. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 1997.
CASTRO E SILVA, Alexandre. A Batalha Naval do Anhatomirim em 16 de Abril de 1894 (Revolta da Armada). in: Revista Marítima Brasileira, v. 115 ns. 7/9, jul/set 1995. p. 61.
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