Filho do grande romancista José de Alencar, dele herdou as qualidades de sensibilidade e de espírito. Fez os primeiros estudos no Colégio Pedro II, obtendo o título de bacharel em ciências e letras, e formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo.
Desde a adolescência distinguiu-se pela inclinação para a poesia e literatura, nas colaborações que manteve em órgãos da imprensa: Almanaque Brasileiro Garnier, Brasilea (1917), Correio do Povo (1880); Gazeta de Notícias (1894); O Imparcial e A Imprensa (1900), Jornal do Commercio, O Mundo Literário, Renascença, Revista Brasileira (1895-1899), Revista da ABL e Revista da Língua Portuguesa, todos do Rio de Janeiro, e também em alguns periódicos paulistas. Pseudônimos: Deina e John Alone.
Como funcionário público, foi diretor da Biblioteca da Câmara dos Deputados. Em 1904, na qualidade de secretário do ministro da Justiça e Negócios Interiores, J. J. Seabra, Mário de Alencar ,colaborou para que o Governo brasileiro desse sede a Academia na ala esquerda de prédio nacional, que recebeu o nome de Silogeu Brasileiro. Era o cumprimento do art. 1o da Lei n. 726. Eleito no ano seguinte para a Academia, foi segundo-secretário da instituição, de 1907 a 1910, e, nos anos subseqüentes, fez parte da Comissão da Revista (1910, 1917 e 1919); da Comissão de Bibliografia (1912); da Comissão de Lexicografia (1918) e da Comissão de Publicações (1920 e 1923).
Era ainda estudante quando publicou, em 1888, a sua primeira coleção de poesia, Lágrimas. Na sua obra literária, embora pequena, encontramos um espírito sensível, fino e polido, um artista perfeito, um claro poeta e um sugestivo evocador de figuras e de almas.
Fonte: http://www.academia.org.br/abl