Mário Cochrane de Alencar

Segundo ocupante da Cadeira 21, eleito em 31 de outubro de 1905, na sucessão de José do Patrocínio foi recebido pelo Acadêmico Coelho Neto em 14 de agosto de 1906. Recebeu os Acadêmicos Alberto Faria, Antônio Austregésilo e Miguel Couto. Mário de Alencar (M. Cochrane de A.), poeta, jornalista, contista e romancista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 30 de janeiro de 1872, e faleceu na mesma cidade em 8 de dezembro de 1925.

Filho do grande romancista José de Alencar,  dele herdou as qualidades de sensibilidade e de espírito. Fez os primeiros estudos no Colégio Pedro II, obtendo o título de bacharel em ciências e letras, e formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo.

Desde a adolescência distinguiu-se pela inclinação para a poesia e literatura, nas colaborações que manteve em órgãos da imprensa: Almanaque Brasileiro Garnier, Brasilea (1917), Correio do Povo (1880); Gazeta de Notícias (1894); O Imparcial e A Imprensa (1900), Jornal do Commercio, O Mundo Literário, Renascença, Revista Brasileira (1895-1899), Revista da ABL e Revista da Língua Portuguesa, todos do Rio de Janeiro, e também em alguns periódicos paulistas. Pseudônimos: Deina e John Alone.

Como funcionário público, foi diretor da Biblioteca da Câmara dos Deputados. Em 1904, na qualidade de secretário do ministro da Justiça e Negócios Interiores, J. J. Seabra, Mário de Alencar ,colaborou para que o Governo brasileiro desse sede a Academia na ala esquerda de prédio nacional, que recebeu o nome de Silogeu Brasileiro. Era o cumprimento do art. 1o da Lei n. 726. Eleito no ano seguinte para a Academia, foi segundo-secretário da instituição, de 1907 a 1910, e, nos anos subseqüentes, fez parte da Comissão da Revista (1910, 1917 e 1919); da Comissão de Bibliografia (1912); da Comissão de Lexicografia (1918) e da Comissão de Publicações (1920 e 1923).

Era ainda estudante quando publicou, em 1888, a sua primeira coleção de poesia, Lágrimas. Na sua obra literária, embora pequena, encontramos um espírito sensível, fino e polido, um artista perfeito, um claro poeta e um sugestivo evocador de figuras e de almas.

 

Fonte: http://www.academia.org.br/abl

 

 

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