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Clementino Fraga

Clementino Fraga (C. Rocha F.) nasceu em Muritiba, na Bahia, em 15 de setembro de 1880, filho de Clementino Rocha Fraga e de Córdula de Magalhães Fraga. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro a 8 de janeiro de 1971. Membro da Academia Brasileira de Letras, eleito em 23 de março de 1939, foi empossado em 10 de junho de 1939. Foi recebido por Cláudio de Sousa.

Depois de concluídos os estudos básicos, primário e secundário, na cidade de Salvador, matriculou-se na tradicional faculdade de medicina de seu Estado natal, por onde saiu diplomado em 1903. 

Recém formado, transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro, onde fez clínica nos subúrbios de Santa Cruz e Piedade. Em 1906, fez concurso para Inspetor Sanitário, classificou-se em primeiro lugar e trabalhou sob as ordens de Oswaldo Cruz, cuja biografia escreveu.

Quatro anos depois, regressou à Bahia e submeteu-se a concurso para professor da Faculdade de Medicina, conquistando o cargo. Em 1914, tomou parte no Décimo Sétimo Congresso Internacional de Medicina, em Londres. 

Durante 12 anos lecionou e clinicou em Salvador. Em 1914, um episódio dramático lhe aconteceu, viajou para o Rio no navio Araguaia, trazia a bordo doentes de cólera morbis.

Em 1921, foi eleito deputado federal pela Bahia. No Congresso, teve intensa participação nos problemas de saúde e educação. 

Em 1925, foi transferido da Faculdade de Medicina da Bahia para a do Rio de Janeiro, ocupando a cátedra até se aposentar em 1942. 

No governo Washington Luiz exerceu o cargo de Diretor do Departamento Nacional de Saúde. Chefiou, então, a campanha contra o surto de febre amarela na capital do País.

Fundou, como professor, um Curso de Tuberculose que se realizou por onze anos sucessivos, cuidando de uma doença responsável pelos mais altos índices de morbidade e mortalidade à época. 

De 1937 a 1940, exerceu o cargo no Distrito Federal, de Secretário Geral de Saúde e Assistência já com o título de professor emérito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro e da Faculdade de Medicina da Universidade da Bahia. 

Pertenceu também, em caráter honorífico às Academias Nacional de Medicina de Paris, de Buenos Aires e à Academia das Ciências de Lisboa. Sua vaga na Academia Brasileira de Letras foi preenchida pelo professor Paulo Carneiro. 

Uma estátua, na Gávea, onde residiu nos seus últimos trinta anos honra sua memória.

 

  

Fonte: http://www.academia.org.br/abl/

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